Sem dúvidas o maior de todos os
problemas enfrentados por toda e qualquer civilização é aquele que gera outros
problemas. Em nossa sociedade a semente do mal responsável por disseminar as
desgraças em nosso ciclo social tem o nome de democracia representativa. Ela é
o lado oposto da democracia direta que poderia proporcionar bem-estar social. A
democracia direta respalda o próprio nome porque o povo governa, é feita pelo
povo e não a democracia representativa que é feita para o povo. Porém, não
estou aqui defender a direta e para criticar a representativa. Venho apresentar
alternativas porque não concordo com as formas de escolher candidatos em cada
uma delas e também por considerá-las antidemocráticas.
Em ambas a democracia é aceitar a
decisão da maioria, é acolher a vontade do outro, é submeter tudo que você
acredita e deseja à uma parcela que futuramente sofrerá a mesma perda? Ora, mas
todos são derrotados porque em algum momento farão parte de determinada
minoria. Um país não é vencedor quando a maioria ganha, ele é feito de minorias
porque todos têm suas causas particulares. A nação torna-se perdedora porque é
de minoria em minoria que se constrói um país vencedor.
A liberdade do homem nunca foi tão
ameaçada em todo período da história como agora, uma vez que paira sobre nossas
cabeças uma falsa sensação de poder e liberdade que tira-nos e nos desarma da
consciência de que vivemos em um mundo onde se é preciso lutar para conquistar
a verdadeira liberdade. Todo ser nasce e por natureza lhe é dado equivalência
em relação ao outro, mas esse equilíbrio é quebrado a partir do momento em que
a civilidade empoe ao indivíduo a obrigação de obedecer á vontade de outro.
As leis devem basear-se no conjunto das
vontades individuais e não no conjunto das vontades da maioria. O que
caracteriza uma democracia é a liberdade de escolher o futuro representante
público que irá trabalhar para o bem de todos de acordo com as vontades e
necessidades do povo, mas todo esse entendimento é destorcido a partir do
momento em que se é civilizadamente obrigado a ser governado pela vontade de
outro, da maioria. Esse direito tira o poder de escolha da minoria anulando seu
desejo de representatividade, extinguindo sua vontade, seu poder e seus
direitos civis.
Eleições não significam liberdade de
escolha, uma vez que os candidatos são escolhidos por partidos, já tirando do
cidadão, a partir desse momento, metade do direito de preferência a que tem
direito, obrigando-o a decidir entre opções limitadas enfraquecendo o poder do
voto. A verdadeira liberdade de escolha seria decidir sem influência de nenhum
grupo ou particular aquele que lhe for mais conveniente para administrar sua
cidade ou pais. Mas essa liberdade não se limitaria apenas a esse aspecto,
seria verdadeiramente democrático desfazer-se dos eleitos sempre que quiser ou
por quando agir contra sua vontade sem que se precise esperar longos períodos
ou ter que invadir ruas em movimento de revoltas em massa para que suas
vontades sejam acatadas para realmente prevalecer a vontade democrática. Por
aquele motivo e por este propósito da incapacidade de interferir no ato
político que se percebe a ausência de poderes políticos do cidadão.
Na democracia atual a degola final
acontece a partir do momento em que o eleito toma parte do cargo público e
passa a fazer o que quiser com as leis, aderindo a interesses próprios
descumprindo os acordos prometidos e esquecendo-se dos princípios que o
colocaram como representante da maioria da população. Somos regidos pela
democrática tirania, primeiro veem a impressão de poder de escolha e influencia
social. E depois da eleição é que se percebe o erro. E a decepção pela falta de
poder político faz cair a máscara revelando a face tirana dos governos. É o que
muitos fazem depois de eleito, tomam várias medias e em outros casos ficam
omissos, e sempre contra a vontade e a necessidade do povo, existe noção mais
clara de tirania do que essa?
Governo de maioria passa longe do
conceito de livre escolha porque dá a uma parcela da população a ilusão de ter
escolhido o melhor representante e o melhor para todos. Seguir a multidão
contra suas ideias é ignorância, segui-la contra sua vontade é tirania.
Democracia atual ou é irracional ou é bruta. Política não pode ser deferida
pela vontade da maioria, pois aquele que vota em minoria é abandonado pelo fato
de seu candidato não ter posteriormente poderes políticos para influenciar na
democracia a seu favor, sendo que o poder só pertence a um candidato, ficando
assim futuramente sem representatividade porque o eleito não condizia com seus
interesses legitimando a falência democrática. É nulo o voto quando se escolhe
alguém que não será eleito.
O cúmulo do absurdo e mais gritante
ainda é um provável segundo turno que acontece na maioria das eleições, nela
fica evidente a total discrepância de valores e direitos de escolha. Só prova a
incompatibilidade na preferência de um representante, os candidatos menos
votados tem seu eleitorado dispersado e obrigado a optar por outro, que na
maioria das vezes é contra seus valores. O eleitor é induzido à participar da
tirana escolha democrática. Sem falar da brecha criminosa e vergonhosa da
legenda. Existe crime maior contra democracia do que dar ao partido o poder de,
através da legenda, tornar partidários representantes legíveis do povo como se
fosse o próprio eleitorado que o tivesse escolhido? Até esse tipo de
imoralidade é permitido e dizem fazer parte da cultura democrática.
A derrota de um candidato nas eleições é
a mesma derrota dos cidadãos que o queriam como representante público, é uma
derrota nada democrática, é uma derrota da civilização por impedir a conquista
dos desejos de eleitores provinda de suas convicções oriundas do divino pensar,
indo, portanto, contra a natureza do homem.
Para que se possa ter uma ideia do
colapso dos nossos valores; no primeiro turno, um exemplo, o candidato X que
foi mais votado recebeu 37% dos votos válidos, os outros três candidatos
ficaram com o percentual restante. O que acontece nesse é que a maioria
esmagadora da população votante não queria o candidato X como seu
representante, ou seja, são dezenas de milhões de eleitores que o rejeitaram.
Mas ai segue-se com o crime, o candidato X irá para o segundo turno com o
candidato Y que foi o segundo mais bem colocado. Nota-se que este teve um
índice de reprovação ainda maior e pode representar a todos. No segundo turno
tanto o candidato X quando Y receberão votos daqueles que não o queriam como
representante, como foi no primeiro turno. O receberão porque o eleitorado será
obrigado a votar e o farão não por simpatizarem mais consigo, mas por acharem-no
menos desprezível que seu oponente. Nos dois turnos ouve uma indução, tanto os
eleitores foram obrigados a votar nas opções limitadas do primeiro quanto do segundo
turno, não houve liberdade de escolha, quem colocou os candidatos para serem
votados foram os partidos e o fizeram de acordo com o que seria bom para os eles,
aquele que os poderia privilegiar, portanto, quem vota e elege um candidato são
os partidos e é por isso que os políticos os obedecem e não ao povo.
Noutros tempos o voto significou poder e
liberdade, hoje é um símbolo apenas, sequer é a sombra do passado que foi,
visto que nossa liberdade está em nossa maneira de pensar, achar que somos
livres é a maior de todas as prisões. É um grande engano acreditar que uma
simbólica escolha é a principal arma de mudança social. A participação no
mandato é mais eficaz do que um feriado eleitoral que levaria, posteriormente,
ao abandono recíproco entre eleito e eleitorado. Participar da democracia e
fazer valer a decisão, acompanhar e cobrar as mudanças prometidas em campanha.
A melhora da qualidade de vida não está em quem habita o poder, está em nossa
maneira de agir diante de quem no poder estar. Seja quem for que nos
represente, ninguém melhor trabalhará do que aquele que reconhece a força do
povo e a ela teme. Se o povo respeitar o governante e este temer o povo o
progresso é consequência desse pacto perfeito.
Onde se aplica a democracia quando se é
obrigado a ser governado por um representante que não escolheu? A partir do
momento em que se é obrigado a ser governado por um representante eleito por
escolha de outro tira do indivíduo o direito de ser livre e o direito natural
de ser senhor de si mesmo. Não se define escolha pelas alternativas impostas a
nós, e sim, pelas opções que a queremos ter. Democracia atual é uma imposição
de alternativas, portanto, não democrática. Escolha é ter todas as preferências
possíveis. Opção limitada não é nada democrática, é imposição, indução de
escolha naquilo que eles querem que você decida. A única maneira de tornar o
homem verdadeiramente democrático, emancipado e politicamente ativo é dando-lhes
o poder sobre si mesmo. Na verdadeira democracia a escolha do candidato
aconteceria depois das eleições.
Como seria possível?
Para que possamos entender esse modelo
de escolha, primeiro é preciso saber como tornar o eleitor dono de si mesmo que
é dando a ele o poder sobre tudo aquilo que lhe pertence por direito. Ao
indivíduo confere a liberdade de fazer o que bem entender com tudo que gera ou
produz de impostos em produto ou serviço, esses seriam os impostos gerado pela
força de trabalho do cidadão não cabendo mais aos políticos o domínio sobre
eles. Portanto, não caberá mais ao representante os meios legais para fazer o
que achar melhor com os impostos e leis porque não terá poderes legais de o
fazer contra a vontade do indivíduo. Este se sacrificou, suou, trabalhou, foi
quem gerou a riqueza com seu sangue, portanto, e nada mais justo que tenha o
domínio. Cabe ao eleito apresentar propostas, mas é o cidadãos quem tem o poder
de decidir o que pode e deve ser feito com seus bens e leis que deverá usufruir
e seguir.
O cidadão terá de si as devidas
cobranças de impostos a saber o quanto se tem acumulado por tudo que foi
cobrado, não somente o que há em cada mercadoria ou serviço, mas a soma, o
total de tudo, a importância que ficariam a disposição de cada pessoa para usar
da forma que achar mais conveniente; qual o destino dele, qual projeto apoiar,
onde e como deve ser aplicado. Não mais será obrigado a financiar ou manter
instituições ou leis que não queira, se assim o desejar. O representante somente
poderá usar o recurso mediante sua autorização que veria do consentimento do
cidadão por entender que o projeto apresentado realizará benfeitorias públicas.
Para que a obtenção de valor seja útil é
preciso tornar o indivíduo um administrador por excelência dos seus recursos,
seria necessário dar-lhes a verdadeira noção de patrimônio público. O que faz
doer no bolso de um homem; seria custear o superfaturamento de uma reforma em
sua casa ou uma reforma em um hospital? Qual seria sua reação perante essas
duas situações? Bem diferente, não? A plena consciência do que pagou e tem
acumulado de imposto dá a cada um a verdadeira sensação de posse. Para que esse
acúmulo fosse possível seriam criados mecanismos, como na “nota fiscal
paulista”, pelos quais se saberia dessa importância dando ao consumidor o poder
sobre ela fazendo valer seus direitos civis sobre seu representante.
Caso o indivíduo não concorde em não
divulgar os dados em compras devido a segurança das informações, o sigilo do
valor e de quem eles pertencem não terá como ter controle sobre os impostos
pagos, não tendo influência ou poder sobre as propostas dos representantes.
Essa maneira de saber a importância paga ocasionaria em um meio de amenizar a
pirataria, uma vez que seria necessário o imposto sobre o produto ou serviço
para o acumulo e o poder sobre ele.
O Estado arrecadaria mais, as empresas
ganhariam mais e o cidadão controlaria sua riqueza extraconjugal. Tenta-se
assim também concertar erros da tosca democracia: trabalhadores que em pleno
século XXI ainda vivem na ilegalidade como se fossem foras da lei,
sinceramente, não é nada democrático não dá opção de vida para quem só quer
trabalhar para viver e o seu crime é não pagar impostos que futuramente não lhe
trariam bem algum.
Concluindo o termo acima, dando ao
cidadão o poder sobre os impostos o faria agir da mesma maneira nas duas
situações de reforma, tanto em sua casa quanto na do hospital. Ele sentiria a
mesma responsabilidade, teria o mesmo dever em ambos os casos. Por este meio se
vai ao sentido de banir as obrigações e dar a todos o sentido de dever, que com
este não há como o homem não fazer o seu melhor sempre.
Voltemos ao ponto de onde começamos, de
como escolher o candidato depois da eleição. Os representantes serão quaisquer
que se prontifique a apresentar um projeto que realmente transforme para melhor
o convívio social – sem a necessidade de ser vinculado a partido político. Não
haverá limite máximo ou mínimo de candidaturas, os critérios de escolha serão
adotados pelos próprios eleitores, o melhor projeto, e a forma de acesso será
qualquer meio de comunicação como já é. Espaço para as boas propostas sempre
haverá se tirar um pouco do espaço daqueles políticos que passam horas de todos
os dias de campanha tentando nos convencer de suas mesmas mentiras. Podem ser
eleitos tantos quanto receberem votos, seja 1 ou 1 milhão, isso garante que
todos tenham representatividade o que respeitaria a vontade do cidadão fazendo
prevalecer a democracia. O cidadão não será apenas um simples eleitor,
transformar-se-á em um investidor escolhendo o melhor projeto e investindo no
mesmo.
Mas essa escolha não garante ninguém no
cargo público, não haverá cadeira cativa, pois aquele eleito que tiver boa
parcela de apoio e não apresentar projetos futuros ou demonstrar que realmente
luta pelo interesse do povo perderá apoio ficando nulo e ser substituído por
aquele que apresentou um projeto inovador, que pode ser qualquer quem tenha
recebido votos, até aquele que tivera 1 voto agora nada o impedirá de ter todos
à quem o projeto agradar.
O candidato que receber poucos votos ou
até 1 é livre para exercer sua função pública. Por mais que se ache
insuficiente a quantidade de votos para se eleger é preciso levar em
consideração que se trata de livre escolha e também e, principalmente, torna o
Estado a casa de todo homem, cabe somente ao cidadão a seleção da pessoa mais
adequada/qualificada para cuidar de tudo que precisa e deve ser feito; um
puxadinho, concertar um encanamento, a fiação elétrica, uma reforma. Tudo deve
ser escolha do indivíduo e tem que provir de sua própria deliberação, escolher
o profissional que presta o melhor serviço, mais econômico e honesto, ou seja,
justiça no que esteja fazendo. Essa é a premissa de todas as administrações, a
pública não deve fugir a regra.
Se o cidadão quiser eleger o vizinho
para legislar não haverá lei ou norma (dentro da legalidade da lei) que o
impeça de exercer o cargo público, por que haveria de alguém dizer que isso é
ilegal se a democracia que garante a vontade política de cada cidadão deve ser
respeitada? De mesmo modo que uma pessoa pode ser contra outra ao eleger o
vizinho, essa pode também ser contra a vontade de escola daquela, ai fica uma
discussão nada democrática, por que, então, haveria de alguém respeitar a tua
vontade de escolha se não está a respeitar a vontade de escolha de outra? Isso
é democracia, impor teu desejo sobre de outra? Não cabe o argumento de dizer
que um sabe escolher mais que o outro, ou será que quem se acha mais
qualificado acataria a vontade de escolha de alguém com um nível intelectual
acima do seu mesmo o candidato escolhido sendo contra suas convicções? Não
mesmo! Além do que, se a escolha for errada, o erro caberá a quem escolheu,
portanto, não há motivos ou razões para temer a escolha de outro, o homem
torna-se assim, causa e efeito de si, democrático comum todo.
Liderança ou Concorrência?
Por essa nova perspectiva, democracia é
a constante e eterna escolha, qualquer medida que intervenha nessa definição a
descaracteriza. O fato de haver mais de um presidente, governador ou prefeito
regimenta por vez a livre escolha, sendo que um único representante que impõe
medidas contra a vontade do cidadão qualifica em tirania, e a existência de
mais de um eleito se aplica mais a uma prestação de serviço que um sistema de
liderança. Mas antes de explicar a diferença entre um e outro gostaria de
mencionar que a possibilidade e, sem dúvida, a existência de mais de um eleito
a frente do país, da cidade e do município e que as decisões e leis sendo
aprovadas pela população ocasionaria na total falta de necessidade de haver os
cargos de senadores, vereadores, deputados estaduais e federais. Dada à ociosidade
e a usurpação dos recursos torna-se desnecessária a existência dos cargos
referidos. Todos não teriam utilidade alguma e o bem maior que poderiam fazer é
virar fumaça.
Agora sim, no sistema de liderança é
preciso que o líder tenha a seu alcance tudo que diz respeito a seu eleitorado,
que saiba quem é cada cidadão, seu nome, suas necessidades, que saiba seus
medos e anseios, suas alegrias e esperanças, que tenha um contato direto, uma
afinidade, que aperte a mão e olhe nos olhos durante todo seu mandato. Em um
país mesmo que seja pequeno é praticamente impossível que um líder conheça de
fato seu povo, mesmo que seja feito pesquisas e mais pesquisas sempre e toda
vez que a direção do vento mudar haverá uma grande chance de não reconhecer seu
eleitorado, pois nunca democracia não tem como haver eleitor fixo. A partir do
momento em que se vai tomando decisões, que se vai governando as medidas
agradarão uns e desagradarão outros, uma separação que leva uns ao segundo
mandato ou ao total abandono antes do fim do primeiro. Ainda mais em se
tratando de países de dimensões estratosféricas como é o nosso. Fica
praticamente inviável fazer uma política que de fato atenda as necessidades de
toda a população, seus braços jamais terão o alcance necessário para governar.
Na forma de liderança funciona uma
equipe de futebol, empresas, equipes médicas, equipes policiais e outras.
Liderança só funciona, e ainda assim fracassa quando existe uma proximidade
entre as partes. Agora imaginemos se um líder destes citados acima decide
mandar que um comandado execute uma ação ou para que siga a uma norma sabendo
pouco ou quase nada sobre ele, por exemplo: um treinador coloca em campo um
atleta que nunca viu jogar ou um líder médico exige que seus subordinados sigam
um procedimento sem conhecer em que a norma implicará no dia-a-dia dos
profissionais? Assim, uma sociedade não pode ser gerida por meio de liderança,
mesmo que o senso procure saber a opinião pública que em muitos casos não se
faz, seja para aprovar uma lei ou adotar qualquer medida. A maneira mais
adequada é gerir sobre a prestação de serviço, que dará a escolha, como na
livre concorrência, que se dê ênfase na palavra livre concorrência porque
si diz livre, o que obrigaria cada
representante a fazer o seu melhor sempre, o que justifica a necessidade de
haver mais de um eleito criando leis e tomando decisões.
Dever ou Obrigação?
A obrigação veem pela ignorância, o
dever pelo entendimento. Existe tirania porque há o desentendido. Nenhum homem
instruído será forçado a obedecer porque jamais permitirá que lhe tire o
direito de ser livre. O entendimento obriga mais do que a maior de todas as
ordens, por isso dai ao povo o saber e não terás que se preocupar com a justiça
se tu mesmo fores justo.
As riquezas dos impostos empresariais
ficariam sobre controles de quem os produz. Estes não ficam com a riqueza de
que produzem pelo menos deveriam ficar com os impostos que geram.
A Liberdade nos Afasta ou nos Aproxima?
Das separações que podem ocorrer por
essa forma de representatividade reconheço a possibilidade, mas acredito que
não seriam tão atenuantes e nem mais desiguais que as já existentes. Haverá
separações pela diversidade humana, não deverá, pois se preocupar em agradar a
todos porque existem aqueles que querem o mal e estes não precisarás agradar,
pelo contrário, deverás lutar para com nunca alcance a graça. A existência de
dois ou mais presidentes não ocasionaria numa divisão social por escolha ou
injustiça. Ao fato de alguém se beneficiar da política de outro não implica em
injustiça, ai é que está a questão; se estás a se beneficiar de projetos de
outro candidato não há motivos para ser fiel aquele que não te faz melhorias, é
uma chance de mudança sem que se precise esperar futuras eleições para uma nova
representatividade. Essa seria a livre concorrência, democrática, sem grades de
contrato, cada candidato faria o seu melhor a cada dia para angariar mais
apoio, seria uma eterna campanha porque se trata de uma eterna escolha. Já
imaginou como seria um político atuando o mandato inteiro como se fosse apenas
um candidato em eleição? Por este objetivo se estar escolhendo projetos que é o
que motiva o eleitor e não candidatos que mudam de opinião e de partido sendo
um e outro movido por interesses que divergem aos dos cidadãos,
consequentemente, acabará, aniquilará, destruirá com os partidos políticos que
deixarão de existir junto a suas alianças e interesses. Em outras palavras;
seria a privatização do Estado, passaria a funcionar a livre concorrência. É o
mesmo que não cobrar imposto o que também não haveria qualquer tipo de serviço
ou amparo público.
Essa parte pode até ser dolorosa porque
mexe com toda uma estrutura que nunca antes foi utilizada e como muitos não dão
um passo a frente a não ser que muitos tenham percorrido pelo mesmo caminho é
possível que sequer olhem por esse lado, ainda mais seguir por ele. Nesse caso
tornaria até desnecessário o mecanismo de acúmulo de imposto, se deixaria de
existir a coisa pública, o imposto também, caracterizando a privatização em sua
totalidade. É a chance de gerenciar o Estado como gerencia sua casa, é a chance
de ser verdadeiramente liberto.
Pode causar espanto, pode causar medo,
mas se quisermos ser verdadeiramente livres é preciso nos responsabilizar por
todas as decisões a cerca de nossas vidas. A coisa pública é um adolescente que
quer ser independente vivendo na casa dos pais. Então é melhor sair debaixo das
asas que dificilmente nos dá o amparo de que precisamos.
Os cidadãos pagam por algo que não
usufruirão dos benefícios devidos por essa arrecadação. Esse regime é um dos
maiores golpes contra a civilidade. Também não dá para isentar a culpa dos
liderados, a coisa pública é um adolescente que quer ser independente vivendo
na casa dos pais, ela foi criada e tornou-se aceitável pela incapacidade do
homem de viver livre, o comodismo, talvez o medo de ser realmente liberto,
condenou-se por deixar outro gerir suas finanças, condenou a si e todas as
gerações futuras, a coisa pública foi o porto seguro no mar de possibilidades
que encontrou de se ver livre do dever de ser independente.
Confesso que a eterna escolha levaria
tempo, mas pondo em consideração a forma de governo atual, ainda assim seria mais
rápida, mais eficaz e democrática, sem falar que as propostas atenderiam de
fato os anseios da população. Não necessitaria de esperar quatro ou oitos anos
para mudar de candidato, as propostas não ficariam a espera da boa vontade de
parlamentares acomodados que as deixam engavetadas por décadas.
Nação Soberana!
Um país só é soberano quando dá a seu
povo a liberdade de escolha, tal tese se sustenta na prerrogativa de que todos
tem o direito de tomar suas próprias decisões. É sua vida, seu direito. A liberdade
dá ao indivíduo o dever de obedecer a lei, a falta dela o obriga a cumpri-la. A
liberdade trás o entendimento, dá a razão e faz justiça porque pertence a cada
um, nada lhe é escondido, tudo fica a seu alcance e não cabe justificar que o
povo inculto tomará decisões erradas porque ele só quer o que lhe pertence, o
justo, não quer surrupiar o que pertence ao outro, quer o bem para si e isso
não prejudicará a ninguém. Ao governante nada tem a perder, uma vez que são
nulos os que se preocupam com o bem estar do eleitorado, e quando ele mesmo
ferra o povo, geralmente nunca paga por suas injúrias, nesse caso não sofrerá
dano algum se o povo fizer mal a si mesmo. Portanto, ao candidato não caberia o
fracasso por um péssimo investimento ou por uma má lei, sendo que quem a
aprovou, quem a escolheu foi o povo. A ele se creditaria unicamente a glória
por bons projetos, a admiração por ideias inovadoras, a aclamação pública e o
orgulho de ser o melhor que a nação pode ter.
Já se foi o tempo de acreditar em um
Estado em que poucos homens sensatos devem decidir pela maioria inculta. Não se
pode dar a alguém o poder de decidir por todos, só o indivíduo é capaz de
decidir o que é melhor para si. Os homens são iguais, mas dada a realidade
diferente torna-os distintos e os olhos dos outros pode não ver ou saber o que
se precisa porque de onde se estar ninguém quer ficar e dessa maneira não pode
ver como quem está na situação.
O cidadão poder ser analfabeto, pode ser
analfabeto político ou analfabeto funcional. Pode, pela falta de instrução, não
saber como criar ou gerir um negócio, mas no que diz respeito ao que é certo ou
errado isso é conhecimento de cultura e não há homem sem cultura. Saber que
matar é errado, que comprar e não pagar é desonestidade, que ofender física ou
moralmente uma pessoa é passivo de punição isso é do entendimento de todos.
Entre outros, saber reconhecer quando uma situação está insustentável e que
precisa mudar ao passo que o ambiente necessita de educação, saúde, segurança,
lazer ou qualquer amparo que torne sua vida confortável, feliz e digna, isso é
cabível a todos, sem exceção.
Preceitos como estes são mais que
visíveis aos olhos de todos, mais que passivos de entendimento, eles são
gritantes. Dos projetos apresentados deve-se ao público a transparência, o
total esclarecimento de suas ações e efeitos no meio social para que ninguém
seja induzido ou influenciado ao erro. Decisões como estas torna a população
causa e efeito de si, o que justificaria a não responsabilidade do autor do
projeto pela piora da sociedade.
O discurso moralista e ludibriador dos
governantes é que muitos não são suficientemente capazes de fazer suas próprias
escolhas, de decidirem por si mesmas, mas é condizente apenas em parte porque as
pessoas não foram ensinadas para tal fim, portanto, não faz parte da cultura.
Então dizer que os comuns não tem competência suficiente para tomar suas
próprias decisões é lesar a pessoas humana negando ao indivíduo a oportunidade
de aprender. Mas pode ter certeza de que qualquer medida feita com seus
recursos é melhor que aquela que o político faz quando coloca o imposto no
bolso. Todo aquele que afirmar que o povo não é capaz de decidir por si mesmo
está se alto flagelando, se não acredita em sua nação não a merece, se não
senti confiança nas deliberações do povo a sua como representante talvez foi o
maior erro o eleitorado. Se um indivíduo não é capaz de fazer o bem para ele
mesmo o que um homem pode fazer por uma população inteira? Alcançaremos um
nível saudável de evolução quando o povo governar a si próprio, fara para si o
bem que ninguém é capaz de fazer.
A injustiça democrática acontece quando
se faz política para os outros. As injustiças atenuarão a partir do momento em
que cada pessoa escolher o que é melhor para si, diferente das leis que são
criadas para valer aos outros. Se a escolha for errada é um direito de cada
cidadão e ele não estará fazendo mal a ninguém além de si mesmo. O eleito teria
mais necessidade e faria parte de instituto de pesquisa que à partido. As leis
seriam várias e o infrator teria todo tipo de punição dependendo a quem causar
dano. Poderia ter pena de morte, poderia ter prisão perpétua, poderia não haver
pena alguma, acho muito difícil essa última acontecer. São muitos os que dizem
ser contra à penas mais duras a criminosos, em parte porque os delitos são
cometidos contra outras pessoas. Se fosse pensado nas infrações contra si, em
caso de assassinato, a grande maioria optaria por no mínimo a prisão perpétua.
Poderia haver penas das mais duras como das mais leves, é preciso levar em
consideração todas as possibilidades.
As leis
Dos problemas enfrentados pela
população, cabe a cada candidato apresentar suas propostas, vale ressaltar,
será uma eterna campanha porque sempre haverá escolha. E das propostas de leis,
emendas e aumento de impostos o cidadão será eternamente livre e poderá
recusá-los sempre que não for conveniente a sua vida. Um exemplo: é colocada em
pauta a criação de um imposto para custear a saúde. O eleitor pode recusar a
pagar mais esse imposto, entretanto, não poderá usufruir. Se precisar estará
sujeito a cobrança acima do que se tivesse concordado antes, além de multa. Mas
acredito que se o cidadão entender que de fato a saúde pública necessita de
mais verba ele contribuirá porque essa democracia faz do Estado a casa de cada
homem e este não hesitará em fazer melhorias por ter a plena consciência de que
tudo que financiar terá um destino justo.
As leis podem ser feitas até para uma
pessoa, mas acredito que as boas leis servirão a uma grande parcela da
população e as más serão anuladas a todo custo. Se a proposta agradar uma
pequena parte do eleitorado, por menor que seja, ainda assim deverá tornar-se
lei, é uma garantia democrática. Tanto dos projetos como das leis serão
beneficiados aqueles que aderirem a ela, e aqueles que não a aprovarem não
poderão usufruir da mesma, há exceções, mas deixamo-la para depois, continuemos
no princípio acima, exemplo: aquele que votou a favor da redução da maioridade
penal e ele ou seu dependente sofrer qualquer dano por alguém abaixo da
maioridade, mas com idade equivalente a pagar a pena na nova legislação para
menores, assim será jugado. Agora caso o infrator cometa um crime a aquele que
foi contra a redução da maioridade ou a seu dependente, o infrator será jugado
na legislação já existente com medidas socioeducativas. Agora a exceção: dos
serviços públicos de saúde mesmo não contribuindo ele deverá usufruir em caso
de necessidade ou estrema urgência, sendo que o direito a vida se sobrepõe a
qualquer outro. Mas será cobrado o valor do serviço mais multa.
Na construção ou reforma de uma rua,
avenida, rodovia ou estrada, em uns existe a possibilidade de identificar quem
trafega, em outras não. O eleitor tem o poder, é claro, e se recusar a
patrocinar a construção ou a reforma, mas também não será impedido de ir e vir
porque esse direito se sobrepõe a qualquer outro sendo subordinada apenas ao
direito a vida. Entretanto, nas vias em que existe a fiscalização e esta
denunciarem a presença de quem não paga pelo serviço será cobrado da mesma
forma como na saúde. Todo homem quando tem sua liberdade e lhe são justo ele
tente a retribuir a justiça e não creio que usará de artifícios enganosos para
economizar o que ele só tem para investir, através desse pensamento será extinto
a indesejável herança cultural de levar vantagem nas situações.
No caso do casamento homo afetivo não
haverá impedimento porque não está interferindo em nenhum princípio. O Estado
não deve se opor a felicidade do indivíduo sem que aja uma razão legal, somente
e deverá fazer quando si constituir em crime, mas não há crime o fato de uma
pessoa desejar ter uma relação formal com outra do mesmo sexo. Trata-se apenas
em tornar legal algo que já existe, e o fato de o Estado impedir a legalidade
das coisas, ele mesmo deve ser passivo de punição. Existem dois tipos de
verdade no mundo; aquela que te faz feliz e aquela que faz ao outro digno. As
barreiras que impedissem tal união são puramente de caráter cultural que tem
por base a religião. É apenas uma questão moral que muda de uma crença para
outra.
Propostas que não diz respeito à criação
de novos impostos ou gasto dos já existentes, leis que não tenham impacto
direto sobre o cidadão podem ser discutidas e decididas por meio de um júri
popular, o mesmo que acontece nos casos de crimes, onde pessoas comuns são
escolhidas para julgar um processo criminal. Por exemplo: o código florestal.
Leis como essas impediria que fosse feitas consultas desnecessárias para a
população, e o melhor poderiam ser consultadas pessoas que realmente entendesse
do assunto e não políticos que pelo fato de terem recebidos fotos se acha capaz
de tomar decisões que não são do seu cabide. Isso impediria que fossem
cometidas injustiças contra determinada causa já que em alguns casos os parlamentares
trabalhem em causa própria.
Para setores específicos que se forme um
jure com cidadãos com estremo conhecimento, ou seja, pessoas que vivam,
trabalhem ou que tenham um convívio no meio em que a mudança transformará, a
proximidade dará considerável conhecimento para que se decida de forma
coerente. Isso é participar da democracia, atuando nas decisões, sendo o agente
legislador, ativo e não aquele que se faz necessário somente em longos períodos
eleitorais passando o tempo de mantado arrependendo-se de sua escolha sem
poderes para se perdoar e mudar a decisão.
Direito Legítimo
Ao cidadão conferi o direito e o dever
de aprovar e ou sair de uma lei quando bem entender, não poderá ficar preso a
ela porque tem o direito de escolha. Isso pode acontecer no caso de dependente
que a teve por escolha de outro. Exemplo: um cidadão que completou sua
maioridade eleitoral e que tinha como representante legal alguém que fosse
contra a pena de morte. Deve o mesmo mudar de legislação para ter o direito de
condenar a execução aquele que lhe tirar a vida. Essa medida visa também
possibilitar o ingresso ou o abandono assim que as leis se mostrarem uteis ou
injustas. As pessoas ou grupos que visam resguardar sua liberdade e integridade
também devem fazer. Exemplo: professores que sofrem diariamente ameaças e
agressões por parte de alunos. Estes profissionais podem apoiar medidas que
garanta seus direitos, uma vez que não estejam negando e ou desobedecendo às
normas que garanta a legitimidade das leis. As estruturas sociais de fato só
funcionarão quando as leis forem feitas por aquelas pessoas que sofrem com a
falta delas ou que se beneficiam com a existência das mesmas.
Uma prova de que somos regidos por
escolha de outro é a conduta de políticos evangélicos ou candidato
conservadores, eles são colocados no poder por um perfil de cidadãos e em posse
de seus mandatos trabalham sobre a causa de outro, ou seja, daqueles cidadãos
que o detesta, daqueles que não se sente representado por ele. É um equívoco, e
ao invés de todos ou uma parte da população com seus representantes discutirem
temas mais graves, eles e a própria mídia perdem tempo com questões que não se
vai nunca chegar a lugar nenhum, a falta de bom senso ocasiona em um problema
tentando resolver outro. Ai são dois problemas, o segundo e mais recente
tornando-se maior que o problema que se tentava resolver.
Conflito de leis não cabe porque
coexistem leis federais, estaduais e municipais e elas nem sempre condizem com
dos desejos e, tão pouco, com as necessidades do povo. Ninguém pode negar a
possibilidade de exagero de leis, mas não há forma mais civilizada de
resguardar a integridade e a moralidade que sentir-se apoiado por leis a fazer
justiça por seus direitos. Aos eleitos devem manter a ordem e o bom senso
prevalecer, tudo é questão de tornar o convívio o melhor possível, não se pode
criar lei que condene alguém à prisão perpétua por esbarrar na outra ao passar
na rua ou porque fez piadas infelizes às custa do time de futebol da outra. As
leis e as penas aplicadas devem ser por equivalência. Mas, em suma, a
moralidade e a justiça se farão e dependerá unicamente do eleitor, pois a ele
detém a faculdade de manter no poder aquele que legislará para o bem de todos
ou para a infelicidade de muitos.
Haverá a possibilidade de conflito por
se desejar aprovar uma lei que bate de frente com os termos que a tornam legal,
mas isso faz parte da natureza humana em querer achar brecha para tornar
possíveis os males do mundo. E apesar de grande parte do eleitorado a favor não
haverá possibilidade de ser consentida. Um exemplo: se todos nós fossemos a
favor da legalização da venda de armas mesmo assim não viraria legislação. Toda
vez e sempre que a proposta interferir nos termos já mencionados ela será
descartada. O argumento de que a liberalização das armas seria para a proteção
do próprio indivíduo não é suficiente porque ela não garante unicamente esse
propósito, ela também pode ser usada para intimidar, restringir ou tirar a vida
do outro. Se o argumento de aprovação se justificasse ele também serviria para
justificar a uma lei que permitiria a posse de bombas em casa porque elas
seriam apenas para defesa e ou fins pacíficos, este último usado por alguns
países que vez ou outra tenta por fogo no mundo.
A proibição se justifica no poder de
destruição e as possibilidades de uso, para que não abra brechas para precedentes
como justificar que uma arma branca também mata, mas esta tem outra utilidade e
menos poder de destruição além do que as armas não tem outra finalidade senão
matar.
Haverá casos em que o cidadão se
precaverá de danos alheios impondo penas à qualquer tipo de infração, não será
abuso porque é uma legitimidade natural de defender a si próprio contra a
injúria de outro. E este não sofrerá as punições se não inferir no direito de
quem ele pertence, simples assim. Dai-vos ao justo o dever e ao injusto a lei.
Nenhuma lei será aprovada uma vez que ofereça risco e qualquer pessoa ou ao
Estado, daquela já falamos, agora deste, em caso de aumento de salários. Se a
proposta for colocada em pauta, que dificilmente acontecerá, todos poderão
votar e assim a aceitarão causando falência do Estado. A lei que vale para um,
poderá valer para todos, portanto, não haverá possibilidade de cogita o aumento
de salário por votação para uma categoria. Em caso de aumento ou reajuste, como
no salário mínimo, não deverá ser aceito o aumento por porcentagem, mas sim
proporcional para garantir a igualdade. Exemplo; o salário mínimo tem 10% de
aumento que valerá para outras categorias. Estas, sem dúvida tem o salário bem
acima do mínimo e consequentemente o valor recebido por porcentagem será bem
maior. Essa maneira não deve ser aceita, tem de ser equivalente, afinal um
quilo de tomate tem o mesmo preço para ambos ou será que se deve cobrar mais
para quem ganha mais? Dinheiro não trás felicidade porque não compra a paz e
tudo que se consegue quando se corre atrás dele é a guerra. E com esta não há
como ser feliz.
Justiça ou Injustiça?
Aquele que segue a uma lei injusta é tão
criminoso quanto aquele que inflige a uma lei justa. Uma dos mais gritantes
sinais de alienação é quando se diz que só estava obedecendo a ordens ou que
todos os procedimentos foram adotados. Tenta-se justificar uma injúria cometida
contra alguém, por maior que seja o mal, se tudo que foi feito estava dentro da
lei, mesmo que imoral e injusto, livra a culpa do condutor da miséria. Aceitar
passivamente a miséria alheia representa o mais alto grau de egoísmo. Em um
mundo onde a cada dia dependemos mais uns dos outros, desde que se precise de
alguém que na maternidade nos troque a frauda até aquele que a troque em um
asilo, que nos leve do berço ao túmulo. Os que querem o bem existem em maior
quantidade do que aquele que desejam o mal e as desgraças existentes no mundo
em parte é culpa da omissão dos muitos bons em contrapartida a prática dos
poucos maus.
Alienação
É inaceitável que em dias como estes se
permita que todo o fruto da nossa luta, o fruto da nossa batalha, aquilo que é
produzido com muita dificuldade, com nosso sangue e suor nos sejam tomado da
forma mais bruta possível e usufruído por aqueles que não conhecemos e pouco
tem consideração pelo que é nosso e, tão pouco, respeito por quem nós somos. É
bruto e imoral todo aquele que tira do pobre, do inocente o direito natural de
sobreviver com aquilo que produz.
Falam abertamente sobre a nossa evolução
e progresso, mas mesmo depois de milhares de anos de existência ainda
continuamos estagnados pela incapacidade de dar a cada um o mínimo de
dignidade. O homem é o único ser na natureza que vive na miséria e não encontro
razão para dizer que somos superiores.
A aqueles que defendem a tese de
evolução, vamos, pensemos, como sempre há uma brecha numa bondade para que se
pratique o mal, de mesmo modo sempre haverá uma brecha no mal para que se
pratique o bem. Se nos deparamos com situações embaraçosas que não parece ter
solução como a divisão da riqueza ou o alcance da honestidade e a conquista do
bem comum esse é um desafio para que possamos nos orgulhar e ser dignos do
título de superiores.
Enquanto essa grandeza não é alcançada
continuamos a viver em um período de demência. Uma decadência que não há
crescimento econômico que amenize uma situação tão degradante. Se ao menos
estivéssemos estagnados teríamos a chance de partir do zero, mas trata-se de um
retrocesso que ultrapassa o meio século de atraso que temos em comparação aos
países de primeiro mundo. Em realidades como estas tenta-se de todas as
maneiras amenizar os males por meio de dados maquiados e discursos mentirosos,
portanto, nunca pergunte como vai a situação de um pais a um político. Nunca em
hipótese alguma acredite ou leve em consideração o que diz. Políticos são de
tamanha natureza destrutiva que perderiam a eleição se a disputasse com o
diabo. Este, pelo menos, só carrega para o inferno quem quiser ir e o merecer,
agora um mal político leva a todos para o buraco. Sorte tem as boas almas de o
diabo não ser nem um pouco político. Se o fosse, o inferno seria uma nação
democrática.
Civilizados?
A civilidade é inútil quando um
indivíduo a usa para ter controle sobre o fruto do trabalho de outro. E ainda
mais sem valor quando alguém se abstém de seu direito de posse dando-o a outro
involuntariamente o poder sobre ele. Em suma, a liberdade do homem nunca esteve
tão em jogo como agora. Torná-lo proprietário de si é a única maneira de
amenizar as diferenças existentes em nosso universo, dessa forma a humanidade
não sofrerá perdas desastrosas como mostrou a história. Quem quer a guerra que
a busque sozinho, e como já disse; são poucos os quem querem o mal e o fará
pouco porque fará para si, o fará pequeno porque será a sua altura.
Todo homem desprovido do saber é
condutor da miséria. Patrocina o mal, tanto para si como para os outros. O fim
das guerras, dos conflitos armados, dos massacres, dos atentados, da miséria
humana é um desejo da maioria, os que anseiam pelo término de todas as
desgraças os teriam impedido se eles detivessem o poder que a falsa democracia
diz ter, a paz é um desejo e um direito universal e só a conquistaremos se for
dado ao homem o livre arbítrio sobre si, sobre suas posses. Seriam poucos os
que aceitariam a carnificina de determinada população só para que pudessem ter
sapatos confortáveis ou brilhantes para enfeitar o ego ou invadir outra nação
somente para lhe surrupiar a riqueza. O slogan do mal pulsa no peito de falsos
salvadores da nação: vamos à guerra para a segurança da nossa prática, vamos à
guerra para o nosso bem-estar. Esses dificilmente querem o bem de um povo e se
o buscam dessa maneira devem ser anulados. Nenhum homem é capaz de entrar numa
guerra a fim de dar segurança a sua pátria sem colocar em jogo a segurança do
mundo.
Igualdade de Poder
Dá o controle de impostos ao povo não
significa dar-lhes o controle do Estado. Deste ninguém pode ser dono, ninguém
poder mandar ou ter qualquer tipo de domínio. O maior inimigo do Estado é aquele
que o quer controlar, na posse dele usufruirá de todos os benefícios possíveis,
às custas daqueles que sustentam toda a estrutura social. Dispersar o poder é
garantia de futuro próspero, a concentração dele gera desigualdade,
atrofiamento socioeconômico e miséria. Não haverá progresso se o poder estiver
nas mãos de partidos ou partidários, fazer jus a justiça de quem produz a
riqueza á e única maneira de proporcionar liberdade, igualdade e fraternidade.
Se a população não detiver controle sobre a riqueza que produz não há razão
para a existência do Estado, nem da democracia ou da civilidade, a moralidade
não poder pertencer a seres que renegam a posse dos verdadeiros donos tudo por
conta de um conjunto de regras que tornam a escravidão um ato legítimo.
São muitos que almejam serem donos do
Estado e até se convencem dessa mentira, para assim passar essa ideia
vergonhosa aos outros. Não deve ao homem ser dono além de si mesmo. Muitos são
os que acreditam ter posse sobre Ele, é ai que se nota toda a face vergonhosa,
que se faz cair a máscara medíocre da falsa democracia que tanto defendem.
Inexiste soberania quando o próprio povo é prisioneiro de seus governantes.
Mais do que nunca tem de entender que o Estado não pertence a ninguém,
fundamenta-se nessa prerrogativa a soberania de uma nação, quando ninguém
influencia o Estado em padecimento de outra pessoa. É nesse sentido que a nação
torna-se soberana, ninguém governa ninguém, todos são iguais com os mesmo
direitos e livres para fazer bem a si e aos outros. Uma vez sob influência, o
povo perde sua soberania pelo fato de o próprio Estado não ser livre.
Humanistas e Ditadores
Do sexto que compunha nossa civilização,
a política é a maçã podre. O melhor político é aquele que menos político é.
Inexiste soberania quando o próprio povo é prisioneiro de seus governantes.
Inexiste Estado sem cidadão, sendo que o Estado verdadeiramente não existe, é
apenas um símbolo, uma ideia como são todos os conjuntos que englobam as
características humanas. Só existe porque existe indivíduo, por isso o governo
tem de ser exercido dos cidadãos para o Estado que os representa enquanto
nação. Se pensarmos no conjunto e não no indivíduo dar-se as pessoas números,
classes, código de barras em decadência da humanidade em que se fará política
em prol de uma parcela da população em contrapartida do massacre de outra. Quem
pensa no Estado como salvação pensará como pensava Mussolini, quem pensar na
nação enquanto conjunto de pessoas não será diferente de Hitler, agora quem
pensar no indivíduo independente de etnia ou religião pensará como um
humanista. Nada deve ser feito com propósitos ambiciosos, pois eles só visam o
benefício de poucos. Não escrevo para as massas, para as grandes multidões,
escrevo para a liberdade, portanto, escrevo para indivíduo.
Conquistas
Não haverá paz ou progresso enquanto uns
estiverem no controle da vida de muitos, serem responsáveis por nossas decisões
sem serem responsabilizados por suas injúrias. O mais estranho é ter que pedir
permissão e até lutar para ter maior participação no gerenciamento daquilo que
nos pertence. Se considerem nossos deuses, únicos capazes de tomar medidas
sobre as normas a cerca de nossas vidas, controlar o mundo a nossa volta como
se não tivéssemos vontade própria.
Não dá para brincar de Deus, achar que
uma lei seria boa para todos ou para a maioria. Mesmo que fosse verdade, leis
como a redução da maioridade penal, fim da obrigação do voto, fim dos
privilégios dos políticos já teriam sido aprovados. Como também a mudança em
todo o código penal. À grosso modo fica complicado afirmar que democracia é a vontade da maioria, sendo que isso só
prevalece quando é entre o povo, porque quando se trata entre o povo e o Estado
o que prevalece é a vontade da minoria. Democracia é parcial, se é que ela pode
ser considerada em partes ou em alguns momentos. Só existe do povo para o povo,
ai pode-se dizer que ela é plena.
A democracia que
nos rege não é sequer parcial, como os exemplos que já citei ainda há outras
escolhas que independe de nós, e são escolhas que fariam toda a diferença
porque os cargos ocupados têm tanta ou mais importância que os outros em
disputa eleitoral. Os secretários de governo, presidentes de estatais,
ministros do supremo, e ministros a frente dos ministérios são de suma
importância porque são os cargos máximos.
Nós entendemos
que não existe a necessidade de eleição para os cargos referidos porque desde o
princípio foi assim, e se estar enraizado da cultura dificilmente os comuns
verão nesses patamares a necessidade de mudança de escolha. É importante? É
importantíssimo! Até porque eles não têm independência aos governistas, ou
seja, é outra máquina a mercê da vontade dos partidos. Se acha que sua liberdade é importante para o
bem estar, por que entende que as outras coisas não merecem ser livres também?
Pode ser corpo
de governo, como um treinador que escolhe os melhores atletas para vencer um
jogo. Mas serve também e, principalmente como moeda de troca, estratégia indecorosa,
há quem faça e todos o fazem dessa possibilidade uma ferramenta para troca de
favores entre base e oposição aliada.
É oposição
aliada porque nunca deixarão de ser oposição, são aliados quando lhe é
proporcionado uma fatia da disputa de poder, com seus interesses seguros são
aliado, mas quando são ameaçados rapidamente se mostram o que são, mesmo que as
retaliações favoreçam ao povo.
Governo de Partidos
A diferença maior entre um país que tem
um partido e o que tem dez partidos não é a liberdade do povo, mas sim em
quantas partes serão divididos os benefícios do Estado. As trocas de candidatos
de partidos bem como as trocas de favores entre os mesmos caracteriza um crime
moral e civil, só prova à falta de ideologias como também a ausência de
civilidade onde estão inseridos todos os valores humanos. Cargos não pertencem
a partidos ou candidatos, pertence ao povo. E como proprietários dos mandatos é
mais do que justo que pegue de volta o que emprestaram quando bem entenderem.
Não podendo ao político fazer manobras sem a aprovação popular.
Toda vez e sempre que uma nação for
governada por um partido ou por muitos partidos haverá uma grande oportunidade
e terreno fértil para filtros de direitos. O problema não é a quantidade de
partidos, mas sim a sua forma de existir. Esse assunto já está até malhado e
sem elasticidade, mas não dá para ignorar porque ele nos afeta diariamente. Há
uma grande diferença entre o que a coisa é, e o que a coisa faz por mim.
Partido é apenas uma representação que serve para fazer valer a democracia que
garante os nossos direitos enquanto cidadãos. Mas isso realmente acontece? A
que direitos o partido protege, aquém ele privilegia? A existência dele não
significa garantia de direitos de mesmo modo sua inexistência não significa a
ausência dos mesmos. Ele funciona como um filtro; só é aprovado o que lhe for
benéfico e na maioria das vezes o que é bom para ele não é bom para o povo. É
ai que mora o impasse; se o que for bom para quem me representa não for bom
também para mim, então somos heterogêneos, ou seja, partido não representa
nação e sim Estado.
Esses grupos dificilmente se preocupam
em fazer alguma mudança na estrutura social, para eles isso não é importante,
em parte porque estão blindados pelo conforto e segurança que o nosso dinheiro
proporciona, e também porque dá muito trabalho. Mas quando se trata em mudança
de situação de governo acontece numa rapidez que chega a assustar, dificilmente
perdem tempo com uma posição que lhe seja desfavorável. Mas quando se refere ao
Titanic do povo, ah... isso fica a deriva a espera de ajuda da boa vontade ou
então de uma grande tragédia.
Humanismo Brasileiro
Existe um grande problema no Brasil
quando se trata em aplicar penas mais dura para menores de idade. A questão
sempre esbarra em conceitos particulares – não levando em consideração, como
sempre, os desejos da população, que nesse caso pesquisas já apontaram que
quase 80% é favorável a punições mais severas para esse tipo de criminoso – de
líderes que têm grande resistência em mudar não só essa lei, mas toda a
legislação. Também há resistência por parte de grupos e entidades que são
contra a mudança. Se fosse posto em pauta acarretaria debates; uns seriam
contra porque pensariam que estaríamos a penalizar crianças, além do que
afirmam que os delitos cometidos por jovens tem um percentual muito baixo. Por
outro lado os que querem justiça, querem qualquer tipo de criminoso punido como
se deve, independente da faixa etária.
Acredito que deve ser levada em
consideração a vontade do povo que clama por justiça, como sempre, e também que
as leis não devem ser baseadas somente em números. Se os números são pequenos
nenhuma medida é tomada para combater o mal, só se pensa em alguma mudança
quando a carnificina está generalizada, que na maioria dos casos a calamidade
torna-se quase impossível de ser vencida. Quando se trata de pessoas, como já
disse, não se pode falar em números, quando se age dessa maneira acaba por
descaracterizar a pessoa humana, é como torná-la em um objeto tirando-lhe a
alma. Assim muitas mortes, banalidade e tantas outras atrocidades passam a ser
aceitáveis porque atinge um percentual de pessoas que não é importante para o
governo. Existem crianças roubando no sinal, nenhum dos órgãos responsáveis
defensores de seus direitos da criança e do adolescente toma parte daquela
condição, só se pronuncia quando a polícia prende. Nós marginalizamos nossas
crianças para depois de marginais serem tratadas como crianças. Creio que todos
tem que pagar por seus crimes tenham eles maioridade ou não.
O Estado é a Casa de
Todo Homem
Muitos dirão que a privatização do
Estado seria a mais repleta loucura porque parte ou a grande massa não teria
consciência ou meios para patrocinar suas necessidades, respondo que o uso
correto e honesto dos recursos ocasionaria na diminuição das desigualdades
proporcionando a melhora na qualidade de vida, o que daria a todos a mesmas
chances de ter acesso aos meios necessários para viverem plenamente.
Agora imagine se nos fossem prestados
produtos e serviços por uma única empresa. Se tudo a que usássemos e
consumíssemos fosse fornecido por uma instituição que não tivesse concorrência?
Seria um verdadeiro desastre, não haveria liberdade justamente pela ausência da
disputa para quem faz melhor. Pois é, assim é a nossa democracia. No poder não
existe disputa no que se refere a fazer o bem para o povo pela ausência da
livre escolha. Há uma alternativa induzida, mas que vem com um contrato que
prende até o término desse prazo sem a possibilidade de desfazer-se do pacto.
(nos casos em que é possível é necessário uma grande mobilização ocasionada por
um mal feito de mesma grandeza por parte do representante. Mas isso é longo e
doloroso para uma nação civilizada).
A democracia só funcionará quando o Estado
for a casa de cada homem, não somente de uma parcela da população, que faça
chuva ou sol, que o teto da democracia acolha, sustente e proteja à todos. Quando
o Estado realmente proteger o homem da chuva e do sol se evitará muitos
problemas decorrentes do egoísmo humano. Se alguém compra uma mercadoria para
seu lar, um fogão, por exemplo, e esse produto não chega a residência é mais
viável ir a loja reclamar, cobrar, pedir explicações; o porquê do atraso ou até
mesmo desistir da compra tendo o ressarcimento do valor pago. E em caso de
falta de acordo existe a possibilidade de procurar ajuda ao PROCON para
resolver o impasse. O mesmo não é possível quando se tem problemas na coisa
pública. Seria de grande benfeitoria se o nosso poder para buscar e resolver
problemas em casa tivesse os mesmos meios para fazer na coisa pública. Saber a
quem procurar sabendo dos direitos que tem de reinvindicação. Podem até dizer
que seria possível, mas na prática a gente sabe que um comentário desses é
passivo de risada.
Seria de grande importância que a
administração do Estado fosse dessa maneira ou até mais eficiente. Por exemplo:
quando se compra equipamento para um hospital e o aparelho não é entregue,
poderíamos ter a mesma atitude perante as duas situações. Esta no seu estrato
de impostos que foi usado para a finalidade. Está em suas mãos a transparência,
a clareza das informações e o poder de cobrança. Se a coisa pública tornar-se
uma extensão de nossas casas, sua administração será muito melhor, seus olhos
sempre estarão no porquinho, suas economias colocadas nele terá endereço fixo e
diminuirá as chances de falência do setor aplicado.
A ação de um indivíduo tem que ter o
mesmo poder da ação do ministério público. Imagine uma obra com suspeitas de
irregularidades receber um processo de uma centena de contribuintes sendo que
uma delas apenas seria necessário para o embargo da obra. Isso não seria
absurdo, seria a mais plena justiça. Em muitas ocasiões isso não seria
necessário porque o poder da justiça preveniria as chances das vergonhosas
roubalheiras.
Falo da liberdade do sujeito sem, é
claro, deixar de admitir que o homem vive em sociedade e que por isso é
necessário, como no reino animal e nós fazemos parte dele, a liderança. Não só
admito como o que propus também existe a representatividade do cidadão. O que
quero dizer é que o homem nasceu para ser liderado e para liderar em crença,
não em riqueza. Deixar outro liderar suas posses é a origem dos males sociais.
Quanto a isso, velhos e sábios ditados são indispensáveis: “quem engorda o
porco são os olhos do dono”. Todo e qualquer tipo de negócio se o proprietário
não estiver a par dos acontecimentos a ruina é só questão de tempos. É comum
até entre familiares desavenças por conta de negócios mal gerenciados, chegando
a rompimento familiar, brigas judiciais e em casos mais estremos, até
assassinatos. Se isso acontece entre pessoas próximas, do mesmo sangue, o que
dizer de representantes públicos que sequer sabem da nossa existência? (claro que
sabe em números, mas isso é como se não soubesse). Há países em que a administração pública é
aceitável, mas ai é uma questão cultural e acho difícil nosso país adequar-se a
um padrão plausível como esse sem uma mudança radical.
Onde há imposto sendo aplicado existirá
desvio, essa é uma lei que impera por estar terras, os que negam e afirmam
veementemente na honestidade e boa aplicação do dinheiro que não é público, é
particular aplicado em benfeitorias públicas, não passam de demagogos, e são
péssimos demagogos porque suas mentiras não nos convencem mais. Se fossem bons
mentirosos dariam ao povo mais do que dão, fariam melhorias não por se
preocuparem com o bem-estar social, mas para manter a miséria longe de seus
reinados. Pois até no passado onde os homens cresciam aprendendo a amar e a
obedecerem a seus reis vendo nele uma figura além-humana degolavam-no diante da
miséria, imagine numa época onde se cresce aprendendo pelos exemplos dos
próprios governantes a odiar e a querer vê-los pelas costas.
O fracasso da
administração pública corre contra o sucesso da administração privada. Por de
trás de uma fortuna privada estão um grupo considerável de pessoas orientando
para que o dinheiro seja bem aplicado, é claro, com o aval do proprietário. Já
por detrás da maior de todas as fortunas há um grupo relativamente pequeno que
faz o que quer sem prestar os devidos esclarecimentos e sem a permissão do
dono. Este que é obrigado a aceitar. Um não pode ser diferente da outra. Se o
gerenciamento que ocorre no público ocorresse no privado a falência seria a
maior de todas as certezas. O Estado só não vai pela privada porque toda às
vezes os governantes jogam a bomba para o contribuinte cobrando-lhes mais
imposto, essa é a saída que o empreendimento privado não tem.
As Leis Devem Acompanhar o Progresso
Quando menciono que as leis estão
ultrapassadas refiro-me a transformação que ocorre em toda sociedade, não só as
mesmas e as leis tem que se adequar a nova realidade, não só criando novas, mas
modificando as já existentes, é que as leis servem para determinada época e,
portanto é necessária maturidade suficiente para entender que a mudança é algo
inevitável. Um exemplo de que a realidade presente precisa de novas leis é o
caso dos crimes de trânsito, crimes cibernéticos e outros que devem surgir com
o passar do tempo. É necessário que se tome uma atitude imediata para conter os
males enquanto pequenos, pois quando se alastram fica difícil combatê-los. São
tantas as transformações em nosso cotidiano que a estagnação nos causa sérios
danos sociais, fazendo vítimas com só crescem com o tempo a medida que viramos
as costas para a nova realidade.
Quem anseia o poder é dotado de
ideologia, quem o habita é democrático.
Sobre a falta de ideologia, uma frase
resume bem o desaparecimento dos sistemas de ideias, não recordo do autor, mas
ela diz o seguinte: “não há nada mais conservador que um liberal no poder”. É
comum vermos hoje me dia pessoas que no passado defendiam uma causa e hoje em
outra situação às ataca, acaba por defender a causa oposta aos seus interesses
no princípio. Quem antes apoiava a liberdade combatendo a repressão militar,
hoje apoia o ataque à manifestantes na rua. Então quando digo que não se pode
confiar em partido por causa de suas alianças sem alicerces que nos possa dar
segurança política é porque eles perderam a credibilidade e não devem mais ser
úteis a uma sociedade que precisa da segurança da verdade para confiar seu
voto.
Pisando em cascas de ovos
As bases que ornamentam a política estão
sobre os alicerces da demagogia. A eleição como à conhecemos não trás a
igualdade apesar de muitos afirmarem categoricamente. O nojo e a repulsa aos
poucos ganha corpo com o passar do tempo. A democracia como à conhecemos terá
um fim parcial, podemos até aceitar a influência da política em nossas vidas,
mas não a forma como os representantes querem influenciá-la.
Os animais necessitam de um líder, o
homem apenas de um orientador. O maior crime que se comente contra um homem é
impedi-lo de aprender com os próprios erros. Muitos errarão? Sim! Mas serão bem
menos que aqueles que sofrem por conta dos erros dos outros. Um indivíduo, quando
bem orientado tende a tomar decisões que lhe favoreça ou pelo menos que não prejudique
alguém. Até os animais quando domesticados e ensinados respondem bem aos
estímulos. Ao homem que tem a capacidade de aperfeiçoamento não se pode negar o
avanço em ambientes que proporcione o descobrimento de suas habilidades.
O homem nasceu para ser dependente das
coisas materiais e ser liberto das imateriais. Depende dos outros satisfazer
suas necessidades de alimento, do corpo, de viver em sociedade. Mas nasceu para
ser livre de ideias, até mesmo porque não é possível duas pessoas pensarem de
forma idêntica. As ideias tendem a guiar seus interesses sem a precisão de
subordiná-las a dos outros.
A verdade é que a verdade de um jamais
será a verdade para todos. A da maioria é da maioria e não de todos. O homem
não pode ter um líder, a história mostrou e o presente continua a flor da pele.
O Titanic continua a ser afundado por um único homem. Um líder poder fazer mal
para todos, mas jamais poderá fazer o bem na mesma proporção. Os que afirmam
serem competentes não passam de demagogos, é pura política, demagogia e nada
mais. Quando o homem é livre compete as suas decisões o mal a si, é justo
porque foi escolha do próprio indivíduo. Agora quando uma população inteira é
castigada pela escolha de um único governante as consequências são colossais,
faraônicas. É por isso que não se é necessário ter líderes.
Alguns poucos podem até ser bem
intencionados, mas ainda assim não será competente a altura de ser aceitável
sua liderança porque tudo a que fizer será pesado e medido; de um lado estará
seus interesses, seus familiares, seus amigos e pessoas mais próximas e de
outro a grande massa. E é nesse ponto que a democracia falha, o lado da maioria
perde quando mais se precisa dela. Ou seja, a democracia é simbólica, na teoria
que é a escolha dos candidatos é respeitada a vontade do eleitorado, mas quando
se é na prática, na aprovação de leis, na tomada de medidas, na criação de
pacotes e tudo mais, a politicagem comum tudo acata outros interesses, são
atendidos os desejos da minoria.
Os olhos do dono
A evolução retrocede quando se cria a
noção de que um homem não tem capacidade de tomar suas próprias decisões e que
por isso essa responsabilidade deve ficar sobre propriedade de outro. Um homem só deve ficar sobre poder de
quantas pessoas possa dar conta, mas quando digo “dar conta” me refiro a mesma
quantidade de crianças que uma pessoa possa dar conta numa creche e de quantos
alunos são permitidos por sala de aula para que um professor possa avaliar de
forma significativa.
Se colocarmos um professor ou um
funcionário de uma creche para trabalharem com uma quantidade de aprendizes que
ultrapassasse a casa de uma centena a desordem torna-se a mesma de uma cidade
ou pais, a distância prejudica e torna inviável o alcance do bem estar de
todos.
O progresso das relações públicas só
será possível através do perto do “aperto mão” e do “olho no olho.” Confesso
que isso não acontece nem mesmo nas subprefeituras, o que faz da roubalheira
uma certeza, ocasionado pelo fato de estar tratando do dinheiro de outro e
também porque esse outro sequer faz ideia de como o imposto é manipulado e por
quem. Os portais de transparência são insuficientes, se fossem eficientes nem
existiam. Não vejo outra saída a não ser o gerador e dono do imposto gerenciar
e fiscalizar a aplicação da verba.
Céu, Inferno e o Homem
Deus é amor, o Diabo a justiça e o homem
a política. Muito já se falou que o homem é um animal político que por isso
depende um dos outros, concordo, mas em parte. A grande questão é que a
política não é boa e nem má comum todo, ela é indiferente, um corpo que pode
ser usando tanto para o bem quanto para o mal. A parte boa é pertencente
àqueles que estão no poder e a parte má é para aqueles que dependem do poder.
Para um homem
que quer ascender ao poder pouco importa se o reino é próspero ou se está em
ruinas, interessante é ter nas mãos o controle das paixões. Se se interessasse
verdadeiramente pelo bem comum jamais teria empreitado a conquista das
multidões, uma vez que o desejo que se sobrepõe a todos os outros é o maior
fracasso que a humanidade por ter.
O desejo de comandar um país não é digno
de nobreza, mas de egoísmo. O bem que busca não se relaciona tanto em fazer o
bem, mas o elogio e as graças direcionadas a si pelos bons empreendimentos. O
caráter de uma pessoa se mede pelo tamanho de seu orgulho. O problema de quem
estar no poder é que quer permanecer de qualquer maneira, independente de sua
situação ou da situação do que estar sob seu poder. É comum vermos propagandas
políticas na disputa pelo poder entre os partidos, o governo tonificando o que
fez, maquiando com algumas inverdades. E a oposição falando do que não foi
feito maliciando com outras inverdades sobre o que pode fazer.
A nossa organização de poder político
pode ser comparada a riqueza material. Imaginamos que a quantidade de eleitores
fosse – e são – a riqueza de um cidadão. Ou seja, o homem que tem muitas posses
certamente não as usará porque não precisa de todas elas, impedirá que outro use,
outro que não tem nenhuma posse e por isso passa necessidades. O que quero
dizer é que a distribuição de eleitores fazendo mais representantes se refere
também na distribuição da riqueza, que é o que todos querem, mas não se dão
conta de que estão estocando riqueza e impedindo que ela faça o bem para todos.
A riqueza de uma nação é a sua gente. Se todo esse contingente demográfico
ficar sobre controle de poucos a disseminação da miséria é certa devido à
concentração do poder.
Igualdade – Valores Invertidos
Hoje há uma deformidade de dependência:
por um lado despreza-se e até ignora o trabalhador comum, funções sem status,
mas que são de estrema importância para a manutenção e abastecimento das
necessidades, como são os trabalhadores braçais, produtores de alimentos e
prestadores de serviços (são desvalorizados no sentido de serem mal remunerados
e de receberem pouco incentivo para o exercício de suas funções) nesse caso há
a dependência. Outro caso é a dos representantes na qual não se tem a
necessidade, somente a dependência. Há muita demagogia sobre e valor de cada
setor, falatórios são comuns a despeito da importância rotulando cada categoria
no mesmo patamar de importância, é claro que cada profissão têm seu valor, mas
a falta de coesão se faz quando dar-se o valor social aquela que temos
necessidade, em contrapartida se negue particularmente os benefícios do status.
Já o outro que só se tem dependência. Não me refiro apenas em coisas abstratas
como falsas palavras: isso é ser político, isso é demagogia e ninguém precisa dela.
Refiro-me a coisas concretas que carregam consigo benefícios e dignidade. Todos
concordam que tal profissão é nobre, mas são raros os que arriscariam a
exercê-la.
O valor das coisas consiste no tamanho
da necessidade que temos dela, ou seja, tem mais valor um gari que um prefeito.
Posso passar semanas e até meses sem alguém a frente da cidade, mas não posso
ficar alguns dias sem os agentes de limpeza do município. Um gari não precisa
ganhar fortunas, nem um prefeito precisa de tantos privilégios. A inversão de
valores é que diminui o valor da pessoa humana.
Não existe trabalho sujo ou indigno
quando se faz o certo, tudo é questão de cultura. Se um pai fala para uma
criança que limpar a rua é indigno, se essa mesma criança assiste na TV que o
catador de lixo é um pobre miserável, se todo o ciclo da criança a faz entender
que com aquela profissão não proporcionará aquela criança entrar em lugares
requintados, que com a profissão não terá condições de possuir bens materiais,
que as mulheres não sentirão atraídas por alguém que limpa a rua, isso jamais
fará de um homem por livre e espontânea vontade trabalhar numa profissão
dessas.
Mas por outro lado, há um funcionário
público que desvia dinheiro da merenda escolar, dos hospitais, dos transportes,
da previdência, de todos os setores públicos e que mesmo assim anda de carro
importado, tem apartamento milionário, atrai mulheres, frequenta lugares para
poucos, tem centenas de benefícios todos almejarão essa profissão mesmo sabendo
da imundice que é lesar a população.
De um lado temos a necessidade e,
portanto, somos dependentes. De outro, não temos a necessidade, mas somos
dependentes. Daquilo que temos necessidade, somos dependentes. Daquilo que não
temos necessidade e temos dependência somos prisioneiros.
Existe Ideologia?
Quando menciono o
conjunto das vontades individuais digo que deve haver normas e leis que tendem
a satisfazer as necessidades de todos dando às pessoas a oportunidade de se
agrupar nas bases de cidadãos que tenham as mesmas vontades que as suas. Por
exemplo: tem pessoas que gostariam que os criminosos que tirassem a vida de um
inocente por motivo torpe fosse executado, tem quem preferisse a prisão
perpétua, tem quem ache essas penas duras demais e gostariam de uma condenação
mais branda; seja com cinquenta, trinta etc. Há pessoas que se encaixam nesses
modelos e em caso de consulta popular para a aprovação de uma nova constituinte
é possível que essas e até outras sejam cabível entre os populares.
Isso seria julgar e
condenar alguém que talvez nem saibamos que existe, mas todas as leis são
assim, sempre julgarão pessoas que, à princípio, não tem identidade. São feitas
para julgar pessoas, não com o propósito de punir, mas de proteger. Cabe a cada
um escolher de qual lado da lei quer ficar. A ressocialização é um mito. As
prisões sequer conseguem nem manter os criminosos nos presídios, imagine
torná-los sociáveis. Os presídios torna-se uma escola para formação de
bandidos, uma vez dentro o indivíduo passa a ter contato com o que de pior há
no mundo do crime organizado.
Há uma grande
distorção no que se refere a pena de morte. Quando o Estado se propõe em
aprovar lei que tende a punir com execução criminosos de extrema crueldade há
uma resposta imediata da população, é tanta pressão por parte de representantes
como de representados que fica inviável e próximo da impossibilidade a
aprovação de uma lei com essa natureza. Ela só acontece em países onde a
prática é cultural, o que causa repulsa em outras nações. Entretanto, se
compararmos a condenação pelo Estado com a condenação pela ausência do mesmo a
diferença é bestial. O que quero dizer é que os casos de crimes que acontecem
anualmente pela inexistência de punições, em tese, são muito mais desastrosas e
mais dolorosas que a própria pena de morte. Sabe-se que todos os anos morrerão
dezenas de milhares de pessoas nos mais diversos crimes; seja em acidente de
trânsito, latrocínio, sequestro, execução, vítimas da guerra no tráfico,
vítimas de crimes passionais, vítimas de erros médicos ou da ausência de
atendimento nos hospitais e outras formas de interrupção da vida.
Pena?
A pena de morte é
sempre um assunto muito polêmico Quero deixar bem claro: NÃO ESTOU FAZENDO
APOLOGIA A PENA DE MORTE! Mas mencionei porque falo por indivíduos e também
porque é uma possibilidade. Sou a favor da justiça, da liberdade, da paz. Mas
como penso que as pessoas devem tomar suas próprias decisões não posso negar
essa possibilidade para quem a deseja. E se há pessoas ou entidades que tem
força suficiente para impedir que o Estado tire a vida de um criminoso, acho
que também tem força suficiente para impedir que um civil tire a vida de outro.
Se muitos afirmam que o Estado não pode ter o poder de tirar a vida de ninguém,
onde está escrito que um cidadão pode tirar a vida de outro? Mas podem dizer
que se trata de crimes onde não se tem controle, pior ainda; se não se pode
aceitar tirar a vida dentro da lei, fora dela é que devemos torná-la ainda mais
repugnante.
Não sou a favor
da pena de morte, não sou a favor porque quando não se comete um crime contra a
vida não há necessidade de punição de mesma natureza. Quem não é a favor da
pena de morte não pode aceitar de forma alguma essa carnificina, dizer que o
Estado não pode tirar a vida de ninguém é digo de louvor, agora ser conivente
com as mortes pela ausência do mesmo é no mínimo contraditório. Tem que agir da
mesma forma nas duas situações. Quem é conivente é a favor.
Mas antes que comecem a
si revoltar contra quem é a favor de tirar a vida de criminosos, revolte-se
contra o criminoso que tirou a vida de um inocente. Uma coisa é fato; todos os
crimes são evitáveis. Eles são previsíveis até mesmo porque as pesquisas
mostram anualmente o balanço da marginalidade. Os números podem sofrer
variações, mas é pouco, seja para mais ou para menos. Há casos em que a vítima
já havia prestado boletim de ocorrência por várias vezes sobre as ameaça de
morte, e nada se faz. E sabemos que a jura sempre se concretiza. Infelizmente
essa é a nossa mentalidade e dificilmente se muda a cultura de um povo por mais
que reine numa democracia a barbárie.
A morte é
inevitável, mas todas as mortes são adiáveis. E quando dados são revelados
sobre o percentual de mortes nos anos seguintes é como se se referisse a uma
situação costumeira, comum, não revolta e nem causa espanto. Não gera
indignação popular, não cria grande repercussão, não há quem leve à rua uma
faixa ou um grito de revolta. O massacre é anunciado e acontece todos os anos. Milhares
de vidas condenadas a pena de morte e todos nós sabemos, sabemos que muita
gente vai morrer, seja de uma forma ou de outra. E serão mortas por mim, por
você, por eles e não há quem coloque a mão sobre a causa de diga um “basta!”
Por outro lado se se quer tirar a vida de um criminoso todos são contra, mas
quando se trata para evitar a morte de um inocente ninguém dá a mínima. Aqui há
uma contradição; o que é para ser legal é visto como animalesco, mas o ilegal
torna-se aceitável.
Eu talvez possa tá sendo radical e até
cruel, mas não sou mais cruel do que os que aqueles que lotam os presídios ou
aqueles que andam livremente pelas ruas depois de terem destruído tantas
famílias. Posso ser revoltado, sim. Mas não sou assim porque tenho desvio de
comportamento ou porque sofro algum tipo de patologia. Eu apenas assisto o
noticiário, leio jornais, revistas, leio bons livros e também porque ando nas
ruas, conheço a cidade e sei o quão difícil é para um trabalhador honesto
construir seus sonhos e viver em paz. Nesse meio termo veem um delinquente
porque quer drogas ou um tênis que custa mais que o salário mínimo e tira sua
vida. Destrói-te, destrói tudo que você lutava para construir e destrói sua
família. Para aqueles que não te conhece você passa a ser um número, uma vítima
dos muitos crimes, principalmente para o governo.
É possível que penas
mais duras não possa eliminar os crimes ou evitar atrocidades. Há quem afirme
que não resolveriam os problemas, até gostaria que alguém explicasse e que me
convencesse porque assim eu abandonaria meu pensamento errôneo. Mas não dá para
ignorar o fato de que em nosso meio o cidadão que vive a margem da lei pratica
diversos crimes; dois, três, cinco, vinte. Dentro os quais incluem
assassinatos. Se esse indivíduo fosse punido com rigor no primeiro crime
acredito que os demais que ele provavelmente poderia cometer não seriam
realizados.
O perdão é uma das
maiores dádivas humanas, é belo e comove quando alguém abraça a própria dor
dando o perdão a um criminoso, por maior que tenha sido o dano. Mas o Estado
não pode perdoar porque ele é apenas uma estrutura, não é humano e os que tomam
decisões a frente dele não poder agir com a emoção. Portanto, a mão do Estado
tem que ser firme, dura, de um peso que seja insuportável para o crime e suas
raízes. Uma nação de penas brandas humaniza os crimes, essa humanização faz dos
inocentes as maiores vítimas da nossa solidariedade para com os direitos de
quem tira os direitos do outros. Assassinos, estupradores, pedófilos, ladrões,
traficantes, políticos corruptos e toda espécie de criminoso que prejudica a
sociedade é tudo a mesma coisa, são criminoso praticando crimes diferentes, não
se pode medir ou pesar as penas contra esse tipo de gente. Perdoe a si mesmo,
se dê uma chance de viver em um mundo melhor, onde não se tenha medo ao sair de
casa, onde seu filho possa viver em paz e criar os filhos dele sem sentir em
cada esquina o cheiro da morte.
E em caso de criar leis
mais duras eis que surgem os humanistas para dizer que não se precisa de
punições mais severas, mas de outras normas que garantirão o bem-estar social.
Mas nenhum desses defensores do bem foi capaz de lutar para que o assalariado
tivesse melhores condições de trabalho, melhores salários, melhor atendimento
em hospitais, melhores creches, melhores escolas, tivesse lazer, segurança.
Afinal, tudo isso contribui para a desgraça social. Fica a impressão de que os
humanistas só lutam pelos direitos dos criminosos?
De mesmo modo que
perdoamos assassinos e outros tipos de criminosos está na hora de perdoar os
bons e inocentes lhe dando a chance de viver em um mundo sem crimes. Os
humanistas estão massacrando os próprios humanistas. A comissão de direitos
humanos está há muito tempo defendendo o direito do professor, do policial, do
pedreiro, do estudante, do taxista, do médico, do metalúrgico etc. O problema é
que todos eles são bandidos, pessoas que cometeram crimes e que depois ficam à
sombra da asa da comissão que luta para resguardar seus direitos. Não quero
dizer que não mereçam defesa, só afirmo que é preciso criar outra comissão,
aquela que lute pelos direitos do bom cidadão porque a que existe só defende
delinquente.
A justiça parece um cão
acuado diante de um leão feroz que é o crime. Ele nos destroça, arranca os
nossos membros pedaço por pedaço e quando não nos mata deixa um ferida crônica
que de vez em quando enfia a unha para se deliciar com a nossa dor.
Infelizmente a
interrupção de vidas é um problema que o progresso da civilização ainda não foi
capaz de sanar. Nenhum povo foi suficientemente capaz, os menores índices
talvez tenham existido nas populações indígena, apesar de viverem em constante
guerra com outras tribos. Mas acho que essa possibilidade também se deva ao
pequeno contingente demográfico. Creio que fica mais fácil a propagação do bem
comum em pequenas populações.
Gostaria de fazer um
acordo com quem discorda das minhas opiniões, eu poderia ser responsável e
punido por todas as penas severas demais e até injustas aplicadas a todo e
qualquer tipo criminoso. Em contrapartida, você seria responsabilizado por
aqueles inocentes que tiveram suas vidas interrompidas injustamente por criminosos,
independente da natureza do crime. Será que alguém aceita?
Ser Democrático Sendo Antidemocrático
É certo que uns são contra e outros são
a favor das transformações. O que fiz, fiz pensando em liberdade do indivíduo e
não da grande massa, mas se você é contra, tem todo o direito, mas se a maioria
for a favor, ainda assim será contra? Que tal então se a mudança pudesse
acontecer para quem a deseja e deixar as coisas como estão para quem da
alteração quer distância? Por que não deixar que cada pessoa decida por si
própria? Por que não deixar que sejam condutores de suas vidas? Qual o mal em
dar liberdade a quem só quer viver em paz? Os conflitos humanos residem em
querer impor a nossa vontade contra a vontade do outro. Seja a crença
religiosa, seja a orientação sexual, seja qualquer forma ou estilo de vida. Tem
muitos que repelem o outro pelo simples fato de ter nascido de uma maneira,
seja a cor da pele, a origem do lugar ou do país. Onde vamos chegar agindo
dessa forma?
Sendo
o homem dotado da capacidade de pensar, questionar e deliberar, deve o mesmo
desobedecer a lei segundo seus princípios que a julgar injusta ou inadequada. E
é sabido que o crime maior está na lei que lesa o inocente por uma falsa noção
de humanidade. Aliás, o mundo e as benfeitorias de hoje são fruto da
desobediência de muito que ousaram discordar e enfrentar a legislação vigente
de sua época.
As pessoas que não quiserem ser senhor
de suas vidas, criar e aprovar as leis que deverá seguir pode continuar sobre
influencia dos partidos e governos. Mas não poderão decidir pelos outros, não
podem tirar daquele o direito de decidirem o destino de suas vidas. Essa não é
uma jurisprudência submetida por um homem ou uma nação, é uma lei universal,
natural, nasceu com o homem, é inalienável e, portanto, todos são submetidos a
obedecer à liberdade do outro.
Talvez nunca sejamos
livres porque temos crenças e acreditamos piamente que o nosso ponto de vista é
o melhor para todos. Vivemos a criticar medidas adotadas por aqueles que
governam o mundo, mas será que se tivéssemos no lugar deles agiríamos da mesma
forma ou encontraríamos a pedra filosofal e o elixir da vida eterna? Não é
ironia, é que com toda a diversidade humana fica praticamente inviável encontra
um meio termo que seja bom para todos. Se, somos a favor da liberdade porque
impedir que alguém escolha a condenação de seu possível assassino? Talvez só
haverá liberdade a partir do momento que não tentarmos impor a nossa vontade
sobre a vontade dos outros.
Essa é a minha vontade,
o meu ponto de vista, exclusivamente meu, somente meu. Se houver alguém que
pense da mesma forma é para ela que também escrevi, agora se existir alguém que
é contra, não se preocupe, pois não fiz para você. Continue com seu ponto de
vista, respeito ele, apesar de não concordar, agora respeite o meu porque se
não chegarmos a um consenso de como deve ser a democracia o respeito já é um
bom começo para vivermos em paz.
É
bom que eu esclareça que a vida humana existe nas mesclas das coisas, não há
nada que perpetue sem que haja um pouco dos lados dos extremos, não é
confortável viver somente no frio ou no calor, viver a margem no corpo e
esquecer-se da alma e vice-versa. Em alguns casos a democracia pode ser plena e
satisfazer a vontade de todos, em outros casos ela só poder ser parcial e
satisfazer a vontade da maioria.
É
obvio que essa forma de escolha não funcionará em todos os lugares. Não estou
mudando de ideia, estou apenas reconhecendo que nada pode ser totalmente bom
para todas as coisas. As decisões respeitando a vontade de todos não seria
possível em um condomínio, por exemplo. Nada nasceu para ser totalmente bom ou
totalmente mal. As coisas não podem escolher serem boas ou más. O bem e o mal
são inerentes às coisas e as coisas são indiferentes a eles. Cabe aos homens
tal decisão e o dever de fazer as escolhas para o alcance do bem comum. Como
dizia Maquiavel, se é possível chegar a resultados maléficos sendo inteiramente
bondoso e se é possível conquistar o bem sendo mal. Ou seja, onde a democracia
possa funcionar, devemos aplicá-la e onde ela é prejudicial devemos abrir mão
de sua prática. A grande questão é não generalizar, nunca o bem é totalmente
bom e nunca o mal é totalmente mal. Temos que dosar as duas coisas até mesmo
porque somos partes integrantes do conjunto de dois polos, não é culpa nossa, a
natureza nós fez dessa maneira e reconhecer e trabalhar para que se chegue a um
resultado satisfatório é a vitória do homem sobre o animal.
O que quero dizer desde o início,
também, é que temos que ter o controle sobre as escolhas que tem o maior
impacto sobre nossas vidas, quando se trata em lidar com o que é dos outros a
igualdade de poder previne qualquer fracasso. Então para uma relação saudável
entre eleito e eleitor é de extrema importância que o dono dos impostos tenha o
poder sobre o mesmo, o restante é consequência. E os outros males serão
pequenos comparados a estes. Lembre-se; “uma maçã podre estraga as outras do
cesto” e reafirmo: “do cesto que compunha nossa civilização, a política é a
maçã pobre.” O mal é um e se cuidarmos dele os outros consequentemente
desaparecerão.
Sobre deixar o cidadão escolher fins
maléficos como portar armas para matar pessoas e animais. Sobre ser livre para
consumir drogas, deixar de estudar ou optarem por algo que cause dano a si e ao
outro, respondo que isso é consequência da falta de estrutura civilizatória,
pelo contado único com más influências, pela ausência do amparo familiar e do
Estado, que só tem acesso a um lado da face dos opostos da natureza. Ninguém
escolhe ser mal, ninguém escolhe ter uma vida criminosa, ninguém segue caminhos
perversos por livre opção, se o faz são tão poucos que os danos a uma sociedade
não seriam tão alarmantes. Diante das possibilidades possíveis é muito provável
que se escolhessem o caminho do bem.
A mais poderosa de todas as armas com
que se pode munir um homem é com a arma da educação. Com o saber é possível
atravessa mares de fogo, tempestades de flechas, o brilho das espadas se
ofuscará. Conquistará a paz sem disparar um tiro ou com o ferro derramar uma
gota de sangue.
Que civilidade é esta que tira do homem
o controle de sua subsistência, tudo que produz com sua força de trabalho, com
o suor, com sangue até o apodrecer da sua carne sem o menor pudor? Não há
miséria no mundo, nele se é possível sustentar duas ou mais populações do mundo
de sobra, há miséria nos corações dos homens que impede que a bonança se
espalhe ao alcance de todos. A partir do momento em que quebrar-nos nossa
barreira (ego) não haverá mais grades para aprisionar pessoas, não haverá muros
que impedirá ao homem de ver o sol, não haverá mais cercas a dar posses a um e
deixando tantos desabrigados. Não haverá motivos para vigiar ou motivos para
temer a quietude do mundo.
Só haverá paz e
riqueza no mundo quando houver liberdade. Fazer o que quiser é
liberdade, fazer o que desagrada ou fere a outro é tirania. Sem ela a humanidade continuará a escorregar sobre a
superfície lisa do egoísmo que acreditar ser alguns homens responsáveis para
fazer o bem para todos. O governante que diz amar sua nação está se referindo
ao Estado. O amor que existe entre governante e governado é o mesmo amor que há
na raposa pelas galinhas. Nós sabemos que eles são raposas, mas acreditamos
serem vegetarianas. Não se desfaz da liberdade nem mesmo por conta do mais
nobre dos sentimentos, o que dizer dos governantes a quem sequer simpatizamos.
A liberdade é a maior riqueza de todo e qualquer criatura, quem tenta
subtraí-la está cavando a própria cova, não somente do próprio ser, mas de toda
sua civilização.
Pode ter certeza que são muitos que
morrerão abraçados ao Poder, que defenderão a posse dele até o fim, são os
gananciosos, aqueles que farão mal a qualquer pessoa que lhe tente tirar o Trono.
Esses são os que deve ser eliminados sem dó nem piedade, (é claro que me refiro
à cargos e ideias e não a pessoas) pois são os que mais causam danos a
sociedade por pensarem apenas no Estado e nos benefícios próprios por ele
provindo. Aos que protegem a democrática tirania pode ter certeza de que irão
gritar, sapatear, espernear feito criança que quer de volta o brinquedo que perdera.
O brado da liberdade dura tanto quanto a
própria eternidade, a onda que se prolonga pelo tempo ricocheteou agora
parecendo ser o suspiro último iluminista a ressuscitar-nos ou a deixar de
suspirar por todo o sempre. O espanto dos atuais democratas não é diferente ao
que, no passado, estampou a face de escravistas e monarcas. São iguais porque
em essência o tilintar que soa aos ouvidos é a liberdade que está engasgada em
algum peito comprimido pela bota da tirania que sempre esteve presente na história
das relações humanas.
O campo da revolução sempre esteve
fértil e sempre estará. Nada dura para sempre, impérios, sistemas, a própria
vida. Por que então haveria de achar que a democracia atual é a forma
incontestável para governar a eternidade? E com todas as suas imperfeições e
desigualdades, como acreditar piamente que não poderia existir outro regimento?
A dúvida é a melhor base para a verdade, verdade não como coisa perfeita e
inata, mas como ideal para a nova realidade.
Espero que um dia alguém crie um sistema
justo que não se precise explorar para gerar bem-estar, riqueza. Não sei se
necessariamente sistema, sabe-se que riqueza para todos há, falta consciência
de que quando todos têm suas necessidades satisfeitas os males são a números
quase inexistentes. Rogo, que venha aquele que amenizará nossos males, se ainda
não tenha nascido, que venha quanto antes, tão logo porque a dor humana por te
clama.
Não quis entrar nos pormenores, nas
entrelinhas, pus o que acredito ser essencial e se deixei de mencionar algo de
importante é porque fui falho, sou humano, antes de tudo. Há pontos a serem
discutidos: no que se deve fazer em caso de assassinato em que a vítima foi
corrompida por mais de um delinquente, a pena de morte ou prisão perpétua – que
a vítima escolheu como justiça para seu infrator – deveria ser aplicada a todos
ou apenas ao responsável direto pelo crime? Dos setores a que a população
excomungasse. É perfeitamente normal que o cidadão se recuse a custear as
despesas de um criminoso. Mas para onde vai se não se pagou para mantê-lo
preso, simplesmente volta para as ruas ou então tem que arcar diretamente do
próprio bolso. Isso soa até como catastrófico, mas já vi em noticiários
bandidos serem soltos com a justificativa de que não havia espaço nos
presídios. Não quero justificar o efeito maléfico, só quero dizer que essa
realidade não seria tão diferente da que vivemos. E isso aconteceria em um caso
único, e o mal exemplo faria a todos se precaverem. Mas acredito que quanto
mais se investe em educação menos se gasta em manter criminosos em cárcere. E é
bom tonificar que um se trata em investimento e o outro em gasto. Também não
existe lei perfeita, a população é que tem que entender que elas são
necessárias e que devem ser seguidas. Quando
se aprova uma lei ela é a solução dos problemas, em teoria. Na pratica ela é a
cultura do povo. A maior de todas as leis é a da educação, depois dela torna-se
possível o sucesso das outras.
Setores essenciais para a manutenção das
estruturas sociais poderiam ter uma perda significativa pelo fato de os
cidadãos se recusarem a contribuir, mas ai é uma decisão que cabe somente a
ele. A punição seria para quem deixou de contratar o serviço, como acontece em
qualquer medida que adotamos em nossas vidas, torna o indivíduo causa e efeito
de si. E é melhor que o castigo seja para que cometeu o erro, diferente de hoje
onde os governante destroem vidas sem sofrer as devidas punições.
Não posso afirmar com certeza que tudo
funcionaria porque trata-se de teoria, não sou político, não quero fazer média
e sei das consequência maléficas que causam uma má lei ou um sistema que
beneficia poucos. Mas sei que tudo na vida tem um fim e a democracia como
conhecemos um dia vai deixar de ser a mais eficiente, talvez essa seja uma
resposta para algumas perguntas. Apresentei foi apenas o esqueleto. Espero que
todos contribuam para os esclarecimentos, busquei a democracia e ela tende a
ser feita por todos. Esse é apenas o primeiro passo de uma grande jornada.
Antes de tudo gostaria de deixar bem
claro que sou contra qualquer tipo de violência, seja ela física ou moral. Não
tenho o propósito de criar uma linha de pensamento que daria a um grupo ou
particular o poder absoluto, o meu objetivo foi fazer com que todos tenham de
fato uma participação mais efetiva na vida política do país. Com isso penso que
a política como um todo torne um regime mais transparente, justo e igualitário.
Certa vez alguém me disse que minhas
ideias tinham uma conotação fascista, conservadora, extremista, separatista
etc... e tal. Não sei nem se essas coisas e outras que foi mencionada tem o
mesmo segmento ideológico. Não sou adepto de nenhum regime político porque
acredito que eles são apenas as práticas das ideias separatistas. Todos os
regimes são falhos, seja em menor ou maior grau. Existem, para muitos como a
salvação para a humanidade mesmo sem nunca terem governado uma nação e provando
sua eficácia. Não há sistema perfeito que possa atender a vontade de todos, nem
sequer algo próximo que fosse razoável para a maioria, podemos procurar um que
cause o menor dos males. O mais condizente é o que rege o mundo animal, mas
esse não serve para o homem.
As interpretações que possam vir de meus
escritos é natural, tudo cabe interpretação, até mesmo os melhores escritores
tem suas contradições, a própria bíblia faz muitos homens rogarem a Deus de
formas diferentes. Mas ai não é um problema da escrita – se é que podemos
chamar de problema, mas de quem leu. Há muitos que dizem: “sou responsável pelo
que escrevo e não pelo que você entende”. Entente?
O meu papel é tentar deixar o mais claro
possível a mensagem que tento transmitir, sei e reconheço que mesmo assim
haverá aqueles que ainda tentarão distorcer minhas palavras, como aconteceu.
Isso não vai impactar de forma negativa porque espero que elas aconteçam.
Muitos serão os que gritarão aos quatro
ventos a existência da democracia repudiando-me. Mas adianto, os líderes podem
falar pelo povo, podem tomar decisões pelo povo, podem fazer pelo povo ou até
influenciar o que pensamos; podem omitir informações, negar acesso ao
conhecimento, distorcer a verdade ou impedir que se alcance o saber. Mas jamais
poderão sentir pelo povo, jamais poderão ter qualquer tipo de domínio sobre o
que sentimos, nossas necessidades estão “a flor da pele” e quando a fome
apertar ou a miséria bater a porta não haverá homem ou mulher civilizado,
apenas animais lutando por sobrevivência.
O medo da mudança sempre assombrou aos
homens. Nunca houve em nenhum momento da história uma transformação na maneira
de governar e de ser governado sem degolas. Às vezes o clarear do céu me trás
um receio profundo, é que os homens se perdem mais na luz do que na própria
escuridão. Não falo de forma literal, é claro, é que uma crença que extingue as
possibilidades faz do homem uma vítima de sua própria lucidez. Talvez eu mesmo
possa está cego, não nego. Mas temos que aceitar a ideia de que nada dura para
sempre, tudo tem um prezo para perpetuar, tudo tem um fim. Agora, quem dita
isso? Não sei! Talvez as circunstâncias.